Por Tom Lynn, em seu blog no 'The Hockey News'.
Com os Jogos Olímpicos se aproximando, o hóquei internacional veio denovo à tona e é hora de olhar para trás e reavaliar o maior acontecimento do hóquei internacional nos últimos anos, a fundação do sucessor do SuperLeague Russo, a Kontinental Hockey League(KHL).
Quando foi anunciado há duas temporadas, muitos comentaristas de hóquei viram na KHL como um rival de peso para a NHL. Com os preços elevados do petróleo e os politicamente poderosos oligarcas dispostos a gastar grandes cifras, a KHL estava destinada a trazer os maiores talentos da NHL, como a World Association já fez,aumentando os salários dos que ficaram na NHL.
Pessoas na Rússia ja davam conta de que a NHL não seria mais conhecida como a maior liga do hóquei mundial, dando pinta de que a KHL cresceria em uma superliga europeia que iria se igualar ao padrão do melhor hóquei norte-americano. No entanto, o tempo tem demonstrado que, se a KHL é de fato um predador, que traz uma relação benéfica simbiótica onde o predador abates só os fracos e abatidos, o rebanho (a NHL) é o mais forte do processo. É evidente que, até agora, os jogadores da KHL geralmente caem em dois campos: os que já fizeram sucesso na NHL e voltaram, e os que nunca chegaram até lá.
Primeiro de tudo, a KHL tem sido incapaz de expandir suas fronteiras com sucesso. Mais importante, a KHL não só falhou em trazer talentos da NHL como teve que se contentar com ex-jogadores da NHL com salários altos e os prospectos não fizeram sucesso, efetivamente extirpando um peso morto e caro para a NHL.
De fato, até mesmo jovens jogadores e destaques da Rússia não querem jogar na KHL. Sabemos que Alex Ovechkin, Evgeni Malkin e Semyon Varlamov deixaram a Rússia e agora são jovens estrelas da NHL. Mas você sabia que quatro dos seis maiores prospectos russos do draft da NHL de 2010 deixaram para trás a KHL em troca das minors? Kirill Kabanov, Alex Burmistrov, Stanislav Galiev e Ivan Telegin não poderiam mesmo esperar uma chance de serem draftados pela NHL antes de deixar a KHL. Mesmo no ano passado, o único russo a ser draftado no primeiro round, Dmitri Kulikov, veio da QMJHL.
Então, quem joga na KHL? Bem, os dois principais artilheiros do campeonato são jogadores que poucos fãs da NHL já ouviram falar, Sergei Mozyakin e Maxim Sushinsky. Mozyakin nunca tocou no gelo da NHL, enquanto Sushinsky conseguiu jogar apenas 30 jogos pelo Minnesota Wild antes de pedir para voltar para casa. Empatados no quinto lugar entre os marcadores é outro que talvez você também nunca tenha ouvido falar anteriormente, Maxim Spiridonov.
Na maior parte, os jogadores bem sucedidos na KHL são jogadores que tinham uma boa dose de habilidade, mas não conseguiram se adaptar ao jogo norte-americano ou perderam a vontade em competir lá. Nomes como Alexei Yashin, Stumpel Josef e Alexei Morozov são exemplos de alguns que poderiam ter sucesso por um tempo na NHL, mas não a longo prazo. Há também os jovens fenomenos que não puderam mostrar todo seu potencial na NHL, como Nikolai Zherdev, Zinovyev Sergei e Brendl Pavel.
Um bom número de jogadores das minor-leagues norte americanas têm encontrado grande sucesso no KHL. Mattias Weinhandl, que jogou pela última vez na AHL com o Houston Aeros, está em quarto lugar no ranking de pontos da KHL, bem à frente de Jaromir Jagr. Outros nomes da AHL que não foram para a NHL mas que se destacaram na Rússia incluem: Geoff Platt, Kevin Dallman e Matt Ellison, todos os quais estão na disputa entre os maiores pontuadores da KHL.
Na verdade, apenas quatro dos top-40 artilheiros na KHL a partir de 7 de fevereiro foram os jogadores que queriam mesmo sair de suas equipes da NHL. Um total de dois (dois!) são jovens estrelas do tipo que se temiam sair em massa quando a KHL começou. Um foi embora apesar de ter um contrato na NHL, o outro era um agente livre restrito cujos direitos foram obtidos pelo Detroit Red Wings. Mas se Alexander Radulov e Jiri Hudler têm o desejo de jogar no melhor hóquei no mundo, eles sabem onde encontrá-lo. Há também dois veteranos, os ex-all-stars, que já não eram sombras do que costumavam ser, mas poderia alargar seu tempo na NHL para assinar um contrato mais remunerador na Rússia (Jagr e Sergei Zubov).
Estes números não retiram a constante ameaça dos agentes livres da NHL de fugir para a Rússia se suas demandas de contrato não forem atendidas. Ela só não acontece. Depois de duas temporadas, o veredito sobre o KHL é: esta nova liga ameaçadora reforçou a afirmação da NHL de ser a melhor liga de hóquei no mundo, agora mais do que nunca.
Tom Lynn trabalhou por nove temporadas como GM assistente do Minnesota Wild e durante seis temporadas como GM do Houston Aeros. Antes disso ele era um advogado em Nova York, representando o NHL e outras entidades desportivas em uma ampla variedade de assuntos jurídicos e lecionou Direito Desportivo em St. Thomas Law School, em Minnesota.
Com os Jogos Olímpicos se aproximando, o hóquei internacional veio denovo à tona e é hora de olhar para trás e reavaliar o maior acontecimento do hóquei internacional nos últimos anos, a fundação do sucessor do SuperLeague Russo, a Kontinental Hockey League(KHL).
Quando foi anunciado há duas temporadas, muitos comentaristas de hóquei viram na KHL como um rival de peso para a NHL. Com os preços elevados do petróleo e os politicamente poderosos oligarcas dispostos a gastar grandes cifras, a KHL estava destinada a trazer os maiores talentos da NHL, como a World Association já fez,aumentando os salários dos que ficaram na NHL.
Pessoas na Rússia ja davam conta de que a NHL não seria mais conhecida como a maior liga do hóquei mundial, dando pinta de que a KHL cresceria em uma superliga europeia que iria se igualar ao padrão do melhor hóquei norte-americano. No entanto, o tempo tem demonstrado que, se a KHL é de fato um predador, que traz uma relação benéfica simbiótica onde o predador abates só os fracos e abatidos, o rebanho (a NHL) é o mais forte do processo. É evidente que, até agora, os jogadores da KHL geralmente caem em dois campos: os que já fizeram sucesso na NHL e voltaram, e os que nunca chegaram até lá.
Primeiro de tudo, a KHL tem sido incapaz de expandir suas fronteiras com sucesso. Mais importante, a KHL não só falhou em trazer talentos da NHL como teve que se contentar com ex-jogadores da NHL com salários altos e os prospectos não fizeram sucesso, efetivamente extirpando um peso morto e caro para a NHL.
De fato, até mesmo jovens jogadores e destaques da Rússia não querem jogar na KHL. Sabemos que Alex Ovechkin, Evgeni Malkin e Semyon Varlamov deixaram a Rússia e agora são jovens estrelas da NHL. Mas você sabia que quatro dos seis maiores prospectos russos do draft da NHL de 2010 deixaram para trás a KHL em troca das minors? Kirill Kabanov, Alex Burmistrov, Stanislav Galiev e Ivan Telegin não poderiam mesmo esperar uma chance de serem draftados pela NHL antes de deixar a KHL. Mesmo no ano passado, o único russo a ser draftado no primeiro round, Dmitri Kulikov, veio da QMJHL.
Então, quem joga na KHL? Bem, os dois principais artilheiros do campeonato são jogadores que poucos fãs da NHL já ouviram falar, Sergei Mozyakin e Maxim Sushinsky. Mozyakin nunca tocou no gelo da NHL, enquanto Sushinsky conseguiu jogar apenas 30 jogos pelo Minnesota Wild antes de pedir para voltar para casa. Empatados no quinto lugar entre os marcadores é outro que talvez você também nunca tenha ouvido falar anteriormente, Maxim Spiridonov.
Na maior parte, os jogadores bem sucedidos na KHL são jogadores que tinham uma boa dose de habilidade, mas não conseguiram se adaptar ao jogo norte-americano ou perderam a vontade em competir lá. Nomes como Alexei Yashin, Stumpel Josef e Alexei Morozov são exemplos de alguns que poderiam ter sucesso por um tempo na NHL, mas não a longo prazo. Há também os jovens fenomenos que não puderam mostrar todo seu potencial na NHL, como Nikolai Zherdev, Zinovyev Sergei e Brendl Pavel.
Um bom número de jogadores das minor-leagues norte americanas têm encontrado grande sucesso no KHL. Mattias Weinhandl, que jogou pela última vez na AHL com o Houston Aeros, está em quarto lugar no ranking de pontos da KHL, bem à frente de Jaromir Jagr. Outros nomes da AHL que não foram para a NHL mas que se destacaram na Rússia incluem: Geoff Platt, Kevin Dallman e Matt Ellison, todos os quais estão na disputa entre os maiores pontuadores da KHL.
Na verdade, apenas quatro dos top-40 artilheiros na KHL a partir de 7 de fevereiro foram os jogadores que queriam mesmo sair de suas equipes da NHL. Um total de dois (dois!) são jovens estrelas do tipo que se temiam sair em massa quando a KHL começou. Um foi embora apesar de ter um contrato na NHL, o outro era um agente livre restrito cujos direitos foram obtidos pelo Detroit Red Wings. Mas se Alexander Radulov e Jiri Hudler têm o desejo de jogar no melhor hóquei no mundo, eles sabem onde encontrá-lo. Há também dois veteranos, os ex-all-stars, que já não eram sombras do que costumavam ser, mas poderia alargar seu tempo na NHL para assinar um contrato mais remunerador na Rússia (Jagr e Sergei Zubov).
Estes números não retiram a constante ameaça dos agentes livres da NHL de fugir para a Rússia se suas demandas de contrato não forem atendidas. Ela só não acontece. Depois de duas temporadas, o veredito sobre o KHL é: esta nova liga ameaçadora reforçou a afirmação da NHL de ser a melhor liga de hóquei no mundo, agora mais do que nunca.
Tom Lynn trabalhou por nove temporadas como GM assistente do Minnesota Wild e durante seis temporadas como GM do Houston Aeros. Antes disso ele era um advogado em Nova York, representando o NHL e outras entidades desportivas em uma ampla variedade de assuntos jurídicos e lecionou Direito Desportivo em St. Thomas Law School, em Minnesota.
Um comentário:
Eh, por mais que seja boa a KHL, acho que num passe mais de uma base pra NHL viu, isso se a NHL num fizer a cagada de não permitir que os jogadores não joguem nas proximas olimpiadas de inverno.
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